sábado, 26 de dezembro de 2015

Lição de casa para o Brasil - o acordo de Paris

O Acordo de Paris é menos do que o mundo precisa, mas tem pontos positivos e dá um rumo global aos esforços que precisam ser feitos. Perto do que tínhamos, é um avanço. Para o que precisamos, ainda falta muito. “Este acordo não irá nos tirar do buraco onde estamos, mas ajuda nossa escalada para fora dele”, disse o presidente mundial do Greenpeace, Kumi Naidoo.

O trabalho que o governo brasileiro tem pela frente
O Brasil teve um papel determinante na costura do acordo que saiu da COP 21. Lideramos um dos grupos de negociações e, certamente, nossos representantes ajudaram em muito para que o acordo ocorresse. De volta para casa, porém, nossa atual trajetória ambiental e as promessas que o Brasil enviou para a COP de Paris precisam de mudanças profundas.
O país, hoje, encontra-se claramente na contramão de alguns dos pontos positivos do acordo. O reconhecimento dos direitos indígenas talvez seja o mais visível deles. Enquanto nos fóruns da ONU eles ganham relevância e respeito, por aqui enfrentam uma tentativa diária e desumana de aniquilação. Não faltam exemplos vindos do Congresso, do Planalto e do dia a dia.
Nos corredores do poder em Brasília, parlamentares e o governo tentam saquear suas terras, com projetos de mineração e hidrelétricas. A PEC 215, projeto que muda a constituição, pode ser traduzido como o fim dos direitos dessas populações. O atual governo é o que menos demarcou terras indígenas, e o segundo pior no quesito áreas que conservam florestas. Anualmente, os índices de violência e assassinatos dessas populações batem infelizes recordes.

Outra lição de casa que precisamos fazer imediatamente é rever a fraca e insuficiente promessa que o país enviou à ONU antes da conferência se iniciar. Nela, o plano de combate ao desmatamento, nosso maior causador de emissões, simplesmente não existe. O governo afirma que vai cumprir a lei florestal até o ano de 2030. Não parece sério. Cumprir a lei não é plano, é obrigação. E é algo a ser feito imediatamente, e não daqui a uma década e meia. Além disso, desmatamento não traz apenas danos ambientais, mas causa imensos prejuízos econômicos e sociais. O mínimo que podemos aceitar é zerar o desmatamento.
Na parte de energia, a contradição é ainda mais evidente. A conferência concordou que o mundo deve caminhar para o fim do uso dos combustíveis fósseis. Por aqui, o plano do governo é de que, nos próximos 10 anos, 70% dos investimentos na área de energia terão como destino fontes poluentes.

Somos uma das nações com maior potencial para aproveitamento de fontes limpas, mas enviamos à ONU um plano para que, daqui a 15 anos, tenhamos o mesmo percentual de energia renovável de hoje. O compromisso do governo quase não inclui a fonte solar – a mais abundante do país. Além de baixar a conta de luz do cidadão, essa fonte de energia gera empregos e garante segurança energética. Mas sua participação nos planos futuros do país é quase nula.
Assim como preservar florestas, investir em energia limpa não é apenas uma questão ambiental, ou um favor que fazemos para a contagem de carbono na atmosfera. É uma grande oportunidade para a economia do Brasil e para a vida dos brasileiros. É uma questão de lógica, e depende apenas da vontade de nossos governantes. Esperamos que eles se inspirem no texto que ajudaram a construir.
Por enquanto, o Acordo de Paris nos dá um sopro de esperança. Já a realidade, é uma tormenta de preocupações.


*Márcio Astrini é coordenador de Políticas Públicas e Pedro Telles é da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil
Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/o-acordo-de-paris-e-as-lies-de-casa-para-o-br/blog/55110/ - acesso: 26-12-2015

terça-feira, 13 de outubro de 2015

CONVITE





CONVITE

A UNIVALI - Vice Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, por meio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares; juntamente com aRede de Cooperativas de Catadores da Foz do Rio Itajaí Açu, convida Vossa Senhoria para o IV Cooperagem - Encontro de Integração das Cooperativas de Catadores da Região da Foz do Rio Itajaí Açu, a ser realizado no dia 21 de outubro de 2015. O evento objetiva promover a integração das cooperativas de catadores da região e debater sobre a PNRS e a inserção das cooperativas na gestão municipal integrada de resíduos sólidos.

Nos sentiremos muito honrados com sua presença e participação.

Data: 21 de outubro de 2015
Local: Auditório E1 (Farmácia)
Horário: 08:30 às 17h30.
Mais informações pelo telefone (47) 3341 7997


PROGRAMAÇÃO IV COOPERAGEM

Manhã
08:30 – Recepção/ inscrições
09:00 – Abertura
            Lançamento da Semana Lixo Zero em Itajaí.
            Lançamento da Coleta Seletiva Solidária UNIVALI – campus Itajaí.
09:30 – Experiência da Coleta Seletiva Solidária em Ourinhos/SP – Presidente da Cooperativa Recicla Ourinhos - Matilde Ramos da Silva     
10:30 – Os aspectos jurídicos da contratação das cooperativas pelo poder público municipal – Dra. Margaret Matos de Carvalho – Promotora do Ministério Público do Trabalho – Paraná
11:30 – Debate

12:30 – Intervalo para almoço

Tarde
14:00 – A saúde do Catador de materiais recicláveis
16:00 – Os desafios no acesso aos direitos sociais pelos Catadores de materiais recicláveis – Prof.(a) Mareli Calza Hermann
17:00 – Plenária final
17:30 - Encerramento

Atenciosamente,



Vanessa Angélica Costa Souza
Bióloga
Pós Graduação em Gestão Empresarial - UNIVALI
Bolsista CNPq pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - ITCP/UNIVALI.
(47) 99015371

sábado, 5 de setembro de 2015

Reflexão interessante sobre o meio ambiente e o lixo



 Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa: 
A senhora deveria trazer as suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigos do ambiente.
 
A senhora pediu desculpas e disse: - Não havia essa onda verde no meu tempo.
 
O empregado respondeu: - Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora.
 
“   A sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente “.
 
Você está certo - responde a velha senhora - a nossa geração não se preocupou adequadamente com o ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja.
 
A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
 
Realmente não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até ao comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência de cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
 
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o ambiente. Até então, as fraldas dos bebés eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido dos seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
 
Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente, naqueles dias. Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como lixo!
 
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
 
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a relva, era utilizado um cortador de relva que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
 
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.

Canetas: recarregávamos com tinta tantas vezes ao invés de comprar outra. Abandonamos as navalhas,
  ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.

Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas apanhavam o autocarro ou o elétrico e os meninos iam nas suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos.. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

 
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em "meio ambiente", mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?...

Créditos: sem autor, circulando na internet  

terça-feira, 14 de julho de 2015

Cine debate - A Lei da Água



A Organização é do Movimento pro-natura em parceria com a 5ª Promotoria Ambiental do Ministério Público e a Fundação Cultural de Balneário Camboriú.
 A LEI DA ÁGUA é um documentário brasileiro que explica a relação entre o novo Código Florestal e a crise hídrica brasileira.
O filme mostra a importância das florestas para a conservação dos recursos hídricos no Brasil, e problematiza o impacto do novo Código Florestal, aprovado pelo no Congresso em 2012, nesse ecossistema e na vida dos brasileiros.
A qualidade e a quantidade de água que temos disponível está diretamente relacionada à legislação ambiental, um conjunto de normas que define, entre outros pontos, quais áreas de uma propriedade rural devem ser mantidas com a vegetação nativa, cultivadas ou restauradas.
As opiniões diversas e os exemplos práticos reforçam o tema central do documentário: a relação delicada entre a preservação das florestas, a produção de alimentos e a saúde dos nossos recursos hídricos.
As florestas são importantes não somente para a preservação da água e do solo, mas também para a produção de alimentos que necessitam a ação de polinizadores, tais como o café, o milho e a soja – produtos fundamentais para o agronegócio brasileiro.
O filme dá voz a agricultores e especialistas, apresenta técnicas agrícolas sustentáveis bem sucedidas e casos onde a degradação ambiental exacerbada impede a continuidade de qualquer tipo de cultivo ou criação de animais.
Conta ainda com a colaboração de cientistas e parlamentares que apoiam a Ação Direta de Inconstitucionalidade do novo Código Florestal no Supremo Tribunal Federal, e assume um compromisso com a sociedade brasileira ao mostrar como a lei ambiental afeta a vida de cada cidadão.
Entre os entrevistados, Raul Silva Telles do Valle, advogado e ambientalista do Instituto Socioambiental; Antônio Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); Blairo Maggi, senador e empresário; Ivan Valente, deputado; Mário Mantovani, diretor de mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica; Omar Bitar, geólogo; José Sarney Filho, advogado e político; Alceo Magnanini, engenheiro agrônomo e consultor ambiental.
FICHA TÉCNICA
A LEI DA ÁGUA
documentário, Brasil, 2014, 78′
Produção: Cinedelia, em coprodução com O2 FilmesDistribuição: O2 PlayDireção: André D’Elia
Uma parceria:
Mobilização social e circuito alternativo de exibição: Taturana Mobilização Social