quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Embalagens para reciclagem: lavar ou não lavar?



Você lava as embalagens dos produtos consumidos em casa antes de jogá-las na lata de lixo com a boa intenção de viabilizar a reciclagem?
Se respondeu afirmativamente saiba que esta pode não ser uma atitude tão sustentável quanto se imagina. Você certamente está desperdiçando muita águapotável e, de quebra, aumentando a quantidade de esgotos despejados nos sistemas de coletas da sua cidade.
Por outro lado, a prática da lavagem desses recipientes – de plástico, alumínio, aço, papelão ou vidro – evita, sim, a infestação por formigas, baratas, moscas e ratos. O que fazer?
“Não existe resposta pronta, nem fácil”, afirma Sandro Mancini, especialista em reciclagem de resíduos sólidos e professor do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Mancini deixa claro que lavar as embalagens não facilita em nada a reciclagemdesses materiais, porque eles serão derretidos a altíssimas temperaturas. “Esses materiais vão cair em fornos com temperaturas altíssimas. Ou seja, um pouco de refrigerante, leite condensado ou vinho que estiver dentro de suas embalagens de alumínio, aço e vidro não fará diferença alguma. Vai virar fumaça que será neutralizada pelo sistema de tratamento de efluentes gasosos da empresa recicladora”, informa o especialista da Unesp.
De acordo com Mancini, o alumínio é derretido a 700 graus, em média, o aço a quase 2000 graus e o vidro a 1000 graus. Já o material plástico é derretido a temperaturas em torno de 200 a 300 graus. “Por terem temperaturas de fusão bem mais baixas os plásticos, ao contrário dos outros materiais, somente são derretidos depois de uma lavagem para retirar impurezas”.
Mesmo no caso dos plásticos, contudo, lavá-los em casa também pode ser considerado desperdício de água potável, de esforço e de tempo, de acordo com Mancini.
Ele toma como exemplo um frasco de maionese feito de PET, todo lambuzado. “Na indústria de reciclagem esse frasco vai ser moído, antes de tudo. Os flocos vão cair numa banheira com água de reuso, não potável. Por estar moído, essa lavagem será bem mais eficiente e a água será mais uma vez reutilizada até ficar nojenta. Depois ela será tratada e, provavelmente, voltará ao processo novamente, sem desperdícios”.
Mas e os problemas com os perigos da contaminação e com os bichos atraídos pelos restos de alimentos nas embalagens? “Por enquanto não há solução mágica para esse impasse”, reconhece o professor da Unesp. Em casa, tampar adequadamente o cesto de lixo pode resolver a questão. Em um depósito ou em uma cooperativa a situação se complica.
“Imagine uma cooperativa com milhares de latas de leite condensado com potencial de contaminação. É possível refletir, com razão, que uma lavagem feita em casa antes do descarte ajudaria. Mas também se pode pensar – e novamente com razão – que para o processo de reciclagem em si essa lavagem é desnecessária, pois essa lata vai ser derretida a 2 000 graus”.
Então, na dúvida, a recomendação é que se evite lavar as embalagens usadas para economizar água. Melhor ainda é perguntar ao catador que passa na sua rua que nível de limpeza é suficiente para a manipulação posterior. Ele saberá responder com precisão.

fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/sustentavel-na-pratica/embalagens-lavar-ou-nao-lavar/


Gestão 2014 da Comissão de Meio Ambiente e Urbanismo



Em 19/02/2014 a Comissão de Meio Ambiente e Urbanismo de Balneário Camboriú reuniu-se na sede da OAB e deliberou sobre as metas a serem atingidas em 2014 bem como foi eleita, por unanimidade de votos, a advogada Eliana Ruiz Jimenez para o cargo de Presidente.

Eliana faz parte da Comissão desde 2010 tendo atuado em importantes realizações como a reativação do Conselho Municipal de Meio Ambiente, acompanhamento e ofício protocolado junto ao MPF no caso da Praia de Taquarinhas, a organização do preparatório para a 5a. Conferência das Cidades, do Seminário de Resíduos Sólidos, Economia Solidária e Logística Reversa, do I Encontro das Lideranças e Entidades Socioambientalistas da Região da Foz do Rio Itajaí entre outras importantes atuações desse grupo.

Para 2014, a Comissão acompanhará e atuará no caso de despejo de resíduos químicos no rio Peroba, na proliferação de vegetação exótica em áreas de morrarias, na proteção animal, em especial propondo legislação para que não sejam admitidos circos com animais no município.

A Comissão convida os advogados para que façam parte desse grupo e os simpatizantes da causa ambiental para que acompanhem as reuniões que ocorrerão sempre na 3a. terça-feira do mês, às 18h30 na sede da OAB, Rua 916 n. 602, sendo a próxima marcada para o dia 18/03/2014.

A Comissão.